quarta-feira, 18 de abril de 2012

A benção da generosidade


Dzongsar Khyentse Rinpoche (Butão, 1961 ~)

Há um motivo porque, quando aprendemos as seis perfeições, a generosidade sempre vem primeiro. Como seres humanos, somos tão impacientes: queremos gratificação instantânea, felicidade instantânea, resultados instantâneos.
Com frequência, ouvimos: se você for generoso, no futuro será rico. Mas essa é apenas uma maneira bem simplista de explicar as coisas. Se você realmente refletir em profundidade sobre a prática da generosidade, verá que ela não apenas causa felicidade futura, a própria prática é felicidade instantânea.
Quando pede-se a crianças novas que deem algo, elas dão com tanta alegria! Dar faz parte do que elas são. Mesmo que muitos de nós tenhamos propósitos ocultos ao darmos presentes, o ato de dar ainda traz uma alegria e satisfação.
Você pode ser generoso e deixar as pessoas saberem que é você que está fazendo a doação e assim ficar feliz. Ou pode realizar atos de generosidade sem ninguém saber. Frequentemente, sua alegria vai aumentar ainda mais se você manter sua generosidade em segredo.
E, obviamente, não é preciso explicar que se a generosidade estiver acompanhada pela sabedoria da não-dualidade, esse é o ato supremo dos bodisatvas. Então, é bem compreensível que, de todas as perfeições, a generosidade seja ensinada primeiro. Ela nos dá instantaneamente a benção da alegria.
Quando alguém é generoso conosco, nos sentimos tão tocados; e nos regozijamos nessa generosidade. O mesmo deve acontecer quando somos generosos com os outros.


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