sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Estado de grande perfeição

Samantabhadra

Verdade absoluta: quando isso ainda não é conhecido
E a sabedoria auto-surgida não está manifesta,
Não há nada que não vire veneno,
E nada que não seja um inimigo prejudicial.
Mas quando o significado do grande êxtase é conhecido,
Abrindo assim a porta da bodhicitta¹,
Não há ninguém que não alcance o fruto,
E ninguém que não seja de fato um Buda. [...]
Nenhuma permanência e nenhuma cessação,
Há apenas grande êxtase,
Imutável, sem esforço, surgindo espontaneamente.
Nenhum eu, nenhum ego, nenhum lado de cá e nenhum lado de lá. [...]
Esplendor na extensão absoluta além de todo movimento,
Perfeito, não produzido, é um estado de grande perfeição.
Além de toda ação e luta, é não-composto.
Além de toda aspiração, é perfeito em nós mesmos.
Os três reinos, o mundo e tudo que ele contém
São nada mais que ornamentos do grande êxtase.
Nos campos de qualidades perfeitas,
Todos são budas, todos sem exceção.
“Grande Samantabhadra Habitando em Nós Mesmos”

citado por Jamgön Mipham Rinpoche (Tibete, 1846-1912),
em “White Lotus”


¹No budismo, bodhicitta[1] é o desejo de atingir a iluminação completa (ou seja, o Estado de Buda), a fim de beneficiar a todos os seres sencientes presos na existência cíclica (samsāra) que ainda não atingiram o estado de Buda. Aquele que tem bodhicitta como motivação primária para todas as suas atividades é chamado de bodhisattva. Bodhicitta significa também o objectivo de, por um lado, trazer a felicidade a todos os seres sencientes, e por outro, para aliviá-los do sofrimento;[2] , esta definição é consistente com a definição da busca da iluminação, como a iluminação é a liberdade de samsara. Fonte: Wikipedia

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